Campeão Goiano, Sueliton fala ao Futebol no Domingo sobre trajetória

Por Marcio Souza, editor do blog

Ele chegou a ser chamado de ''foguetinho'' pelos torcedores catarinenses pela sua velocidade e pela servidão aos atacantes em momentos de decisão. Foram dois títulos em Santa Catarina, pelo Criciúma e pelo Joinvile. Em 2015, deixou o JEC para acertar com o Figueirense, onde jogou a Série A do Brasileiro. No final do ano passado acertou com o Goiás, por onde deve ficar para disputar a Série B nacional. 

O lateral direito Sueliton Aguiar está em alta na carreira após mais um título. No último domingo foi titular do Goiás e ajudou o clube a levantar a taça do Goianão em pleno Serra Dourada. Natural de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata pernambucana, o jogador começou nas divisões de base do Porto de Caruaru, mas depois de disputar o Pernambucano pelo Vitória em 2010, se transferiu para o ABC/RN e só jogou em grandes clubes depois de ser campeão potiguar naquele ano.  

O site Futebol no Domingo bateu um papo com o jogador. Confira o que diz o atleta sobre o futuro e suas realizações profissionais. 

FD - Em mais um ano de sua carreira, mais um título conquistado. Como foi pra você levantar a taça do Campeonato Goiano 2016?

Sueliton - Primeiramente te agradeço pelo convite. Posso te dizer que é mais um sonho realizado dentre tantos que Deus colocou em meu coração. Foi um início muito positivo jogando 10 partidas onde o Goiás fez valer o favoritismo vencendo quase todas e se consolidando em primeiro do seu grupo. Daí veio o momento mais complicado: em um treinamento tive uma lesão e após fazer a ressonância acusou um estiramento em meu joelho direito e uma pequena inflamação no mesmo. Se passou um mês e alguns dias e alguns filmes começaram a passar na cabeça desejando retornar o quanto antes, mas eu tinha certeza que Deus com a sua fidelidade, iria no momento certo permitir meu retorno e foi com esse pensamento positivo que retornei às duas últimas partidas, entrando na segunda parte em Anápolis e fazendo o segundo jogo da final no Serra Dourada já titular e podendo levar pra minha vida, pra família e para minha cidade, Vitoria, mais um título em nossa carreira. 

FD - Mesmo vivendo um momento estável no Goiás, há convites para jogar a Série A do Brasileirão neste ano? 

Sueliton - No futebol é difícil se manter no meio dos grandes clubes, principalmente os do nosso país. Esse projeto aqui no Goiás foi muito bem pensado entre eu e meu agente.  Juntamente com a diretoria e o nosso técnico Enderson acreditamos e aceitamos vir para um dos clubes mais organizado do Brasil. Graças a Deus tenho recebido alguns convites. Foram 3 clubes de série A,  mas aqui eu tenho paz no coração, adoro Goiânia e tenho absoluta certeza que o que Deus tem para mim e meu grupo é bem maior do que podemos imaginar. Espero fazer história aqui, igual a Josué, Araújo, Marquinhos, todos cria do Porto de Caruaru e desejo traçar o mesmo caminho deles que são nomes citados por toda cidade. 

FD - Dentro dessa sua trajetória no mundo da bola, quais foram as pessoas que, em especial, deram a mão para você chegar num clube grande? 

Sueliton - Para chegar em um grande clube, ou nos grandes centros, como costumo dizer em palestras ou em reuniões, foi a mão de Deus que me possibilitou todos esses momentos preciosos em minha vida. Quero e desejo muito dizer a todos de Vitória e quem conhece um pouco de minha história. Fui abençoado em ter tanta gente boa ai de Vitória no meu inicio: Bartolomeu Souza, Rogaciano, Luis Carlos, seu Dudé, seu Gilson... homens que nunca vão sair de meu coração. Tem uma lista de vários e vários, mas existem dois que com certeza estão até hoje comigo: um é meu irmão, Alexandre, e o outro, meu pai, Aguiar. Esse trio já passou por muitas. Mas pra chegar até aqui foi como uma canção que diz ”muitas lágrimas chorei”, então esses dois foram os maiores exemplos para minha vida, que me ajudaram e até hoje estamos juntos. Aguiar é meu herói e minha base. Abro aspas pra falar de Alexandre algo engraçado em uma partida onde ele jogava no Santa Cruz e eu no 7 de Setembro de Garanhuns: Não tínhamos nada para comer um dia antes do jogo, e ele, Xande, lá em Garanhuns com a delegação do Santa Cruz em um hotel pagou minha janta e no dia seguinte jogamos um contra o outro e quase matamos nossos pais do coração de tanta porrada que ocorria na partida hehehehe. Temos muitas histórias e até hoje essa amizade continua e sempre estamos todos ligados à família, que acho muito importante. 

FD - Mesmo sendo muito cedo para cogitar isso, você pensa em jogar em algum clube de sua cidade de origem (Vitória de Santo Antão-PE), para encerrar a carreira? 

Sueliton - Existe uma estrada longa até o término da minha carreira. Acredito que Deus tem minha vida em suas mãos. Finalizar em um clube de Vitória seria ou será um enorme prazer. Vera Cruz e Acadêmica Vitoria foram marcantes em minha vida. Mas tenho hoje residência fixa em Criciúma, amo aquela cidade e por ter feito história no clube, e isso pode ser também uma possibilidade em meu futuro (encerrar no Criciúma/SC) . Quem sabe um dia podemos voltar a Vitoria e poder ser um diretor, ou ajudar ao clube de minha cidade a poder sonhar com uma grande realização. Quem sabe um título Pernambucano?! Eu acredito em tudo depois de viver tantos sonhos que um dia só imaginei. Vivo com um Deus que é capaz de realizar o que quer, e posso externar para todos os vitorienses que temos um cara que ama futebol como Paulo Roberto. Acredito muito que um dia vamos poder realizar um grande feito para o futebol vitoriense, juntando a garra desse cara que admiro muito. Tenho absoluta certeza que o Vitória pode fazer história no futebol pernambucano como já fez, e quem sabe disputar o Campeonato Brasileiro.  A ARENA S2 já está no projeto, formando pouco a pouco os futuros craques e homens para um dia poder realizar esse grande sonho, e poder ter jogadores como Sueliton, Wires, Geovane, Fabinho Vitoria, Tony, Careca, Pinóquio, Fernando, Vava, entre outros, a serem, quem sabe, uma realidade na nossa Vitória. 

Confira a ficha técnica do jogador: