(AFP) - Craque dentro das quatro linhas, Michel Platini perdeu uma partida decisiva nos bastidores: o francês decidiu renunciar ao cargo de presidente da Uefa depois de a suspensão imposta pela Fifa ser 'apenas' reduzida de seis para quatro anos pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS). Poucos minutos depois da decisão ser confirmada pelo TAS, o ex-camisa 10 da Juventus anunciou em um comunicado que deixava oficialmente o posto mais alto do futebol europeu para "continuar a luta combate nos tribunais suíços". De acordo com a nota, Platini considerou a decisão do TAS uma "profunda injustiça".
O TAS reconheceu a "validade" do contrato verbal que ligava a Fifa e Platini, mas "não está convencido da legitimidade" do pagamento de 1,8 milhão de euros ao francês em 2011 por um trabalho de assessoria a Joseph Blatter, então presidente da Fifa, concluído em 2002.
O fato do pagamento ter sido feito apenas em 2011 alimenta rumores de que tenha tido como objetivo impedir que Platini se candidatasse contra Blatter na eleição presidencial da Fifa de 2011. A suspensão de seis anos foi considerada "severa demais", mas o tribunal resolveu mantê-la por quatro anos "por causa da ausência de arrependimento" do acusado. O TAS também reduziu de 80.000 para 60.000 francos suíços (72.000 a 54.000 euros) a multa determinada pela Fifa contra o ex-jogador francês.
Blatter, primeiro mentor de Platini, que depois virou seu desafeto, recebeu a informação da decisão, mas não fez comentários. A Federação Francesa de Futebol (FFF) reagiu ao anúncio do TAS com um comunicado no qual destaca o papel de Platini como "um homem que sempre trabalhou a favor do futebol". No dia 21 de dezembro, o ídolo francês havia sido suspenso por oito anos pela justiça interna da Fifa, uma pena que foi reduzida para seis anos em fevereiro, após um primeiro recurso, na câmara de apelação da própria entidade.

Nenhum comentário:
Postar um comentário